Inteligência emocional no mundo da tecnologia

Vivemos cercados por tecnologia. Sistemas funcionam, máquinas aprendem e tendência é que surjam, a cada dia, novas ferramenta para facilitar processos. Contudo, existe algo que a tecnologia nunca vai substituir: a nossa capacidade de sentir. E é justamente aí que a inteligência emocional faz toda a diferença.

Na atualidade, só se fala de Inteligência Artificial, mas nós somos humanos; nós sentimos. Na minha prática terapêutica, percebo o quanto profissionais de tecnologia convivem com prazos apertados, pressão constante e uma comunicação que, muitas vezes, falha. Isso não é apenas um detalhe: são situações que afetam diretamente a saúde emocional e a forma como equipes trabalham juntas.

Quantas vezes você já se sentiu sobrecarregado (a) diante de um prazo impossível? Ou percebeu que a falta de reconhecimento desanima mais do que a própria carga de trabalho? Esses são sinais claros de que, sem inteligência emocional, a rotina pode se tornar insustentável.

Falo de cinco pilares que considero fundamentais: autoconhecimento, autocontrole, motivação, empatia e habilidades sociais. Quando cultivados, eles ajudam a transformar pressão em aprendizado, conflitos em diálogo e tarefas em conquistas compartilhadas.

Não se trata de evitar emoções, mas de aprender a lidar com elas. Nomear o que sentimos, respirar antes de reagir, fazer pausas conscientes… tudo isso pode parecer pequeno, mas no dia a dia traz impactos imensos. Já vi equipes mudarem completamente a forma de se relacionar a partir de práticas simples como essas.

É importante lembrar que ambientes não mudam sozinhos. São as pessoas que mudam e, quando isso acontece, transformam os ambientes ao redor. Cuidar da saúde emocional não é um luxo, mas uma responsabilidade de cada um.

A tecnologia seguirá evoluindo, mas cabe a nós garantir que esse avanço não nos desumanize. Sistemas podem funcionar muito bem, mas são as pessoas com suas emoções, escolhas e vínculos. Somos nós, seres humanos, que fazemos a verdadeira diferença.

Caroline Prado
Drª HC em Terapia Integrativa Complementar em Saúde Humana




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